sábado, 17 de julho de 2010

Avaliação não é ameaça

Julgamentos e estimativas são sempre necessários. Um simples olhar avalia uma vaga de estacionamento ou a deselegância de um gesto. Uma rápida operação mede a pressão arterial ou verifica o saldo bancário. Somente análise complexa,no entanto,diagnostica um paciente ou uma grande organização. Avaliações educacionais, por sua vez, verificam habilidades de alunos e o desempenho de redes escolares. Os objetivos, nesse caso, são tão diferentes quanto os de exames médicos que orientam tratamentos ou de provas para certificar profissionais e classificar serviços.
As avaliações mais importantes são as que orientam o ensino, integradas ao processo de aprendizagem, e não simples provas periódicas. Ao propor uma gincana em que as crianças escrevam bilhetes anônimos e numerados, com instruções para ações dos colegas, a professora que acaba de assumir uma turma desenvolve uma boa socialização enquanto verifica as competências de ler e escrever de cada um. Atividades desse tipo, da Educação Infantil ao Ensino Médio, revelam mais do que provas. Porém, o uso delas é tão raro quanto o de diagnósticos iniciais. O resultado disso é que, às vezes, expectativas de aprendizagem equivocadas somente são percebidas quando já é tarde demais.
Quando as turmas são grandes, em vez de levar pilhas de trabalhos para corrigir (e às pressas, pois a vida é curta), é melhor o professor instruir os estudantes para que se auto-avaliem em atividades de classe ou de casa. Sabendo contornar possíveis imitações, a escola pode orientar as famílias para se tornarem parcerias no processo, mostrando os objetivos das etapas do ensino e o que será verificado em provas parciaiis as finais ganham a função de confirmar e certificar o trabalho, mas insucessos por em questão a própria escola.
A qualidade da a educação deve ser aferida, e as provas gerais têm esse papel, nem sempre bem interpretado. Classificar escolas lembra”coisas de mercado”e, como provocação, eu diria que a escola que fazia o estudante aprender só para tirar boas notas nas provas como alguém que cuida da saúde só para passar no exame médico agora também ensina para ela mesma ser aprovada.avaliação como a Prova Brasil permitem planejar o aperfeiçoamento de escolas e redes. Já o exame Nacional do ensino médio, o Enem, foi concebido para se expressar , compreender, intervir, argumentar e propor, mas também para apontar a uma escola como esta o desempenho médio dos estudantes.
Cabe a esses exames orientar, e nunca ‘carimbar’ uma instituição e é bom evitar comparações absolutas entre escolas e professores atuando em situações.




Revista nova escola.
Luis Carlos de Menezes
Físico e Educador da universidade de São Paulo.

Rosiele Graça Lima de Lucas
R.A 1010243

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